quinta-feira, 22 de abril de 2010

Yoga Ioga São Caetano do Sul - tel: 4226-2193 - Ilusão e Criação


"A ilusão como força criativa.

A Ilusão é a mãe do Universo. Este não surgiu de nenhum outro princípio. Quando a Ilusão é destruída, o mundo certamente revela-se como não tendo existência [separada do Ser]. 64.
Aquele para quem este mundo não passa de um campo do jogo de Maya (o Aparente), não encontra a felicidade nas riquezas, nem no próprio corpo, nem em outros prazeres. 65.
Este mundo revela-se sob três diferentes aspectos para os homens: amistoso, hostil ou indiferente. É assim que sempre se percebem as interações. Existe ainda uma diferenciação nas manifestações materiais, que podem ser percebidas como prazerosas, dolorosas ou indiferentes. 66.
O Ser, através da superimposição (adyarupa), torna-se [diferentes papéis]: filho, pai, etc. As escrituras demonstraram que o mundo visível é o jogo de Maya. O yogi destrói este mundo fenomênico pela refutação de falsos argumentos (apavada) e tornando-se consciente de que ele é apenas o resultado de adyarupa, a superimposição [de Maya sobre o Ser]. 67.
Quando a pessoa fica livre das infinitas distinções e estados de existência como posição social, individualidade, etc., então, ela pode afirmar que é Inteligência Indivisível, Pura Unidade. 68.

A emanação da Criação.
O Senhor desejou criar Suas criaturas. Desse Seu desejo surgiu a Ignorância, mãe do Universo aparente. 69.
Foi assim que tomou forma a conjunção entre o puro Brahman (Parambrahman) e Avidya, da qual surgiu Brahma, o Criador. Deste, surgiu posteriormente o espaço. 70.
Do espaço emanou o ar; do ar veio o fogo; do fogo, a água, da água veio a terra. Esta é a ordem da emanação sutil. 71.
Do espaço, o ar; do ar e o espaço, combinados, veio o fogo; do composto triplo, espaço, ar e fogo, surgiu a água. Da combinação de espaço, ar, fogo e água, veio a terra. 72.
A qualidade sensível do espaço é o som; a do ar, o movimento; a do fogo, a forma; a da água, o gosto; a da terra, o cheiro. Não há nenhuma subjetividade nisto. 73.
O espaço possui uma qualidade sensível. O ar, duas. O fogo, três. A água, quatro, e terra, cinco. Audição, toque, sabor, forma e cheiro. Assim nos ensinaram os sábios. 74.
A forma é percebida através do olhar. O cheiro, através das narinas. O sabor, pela língua. O toque, pela pele. O som, pela audição. 75.
Estes são, de fato, os órgãos da percepção. 76.
Da Inteligência surge este Universo, o que se move e o que permanece imóvel. Mesmo se sua existência não puder ser provada, essa Inteligência existe. 77.
A terra torna-se sutil e dissolve-se na água. A água dissolve-se no fogo. O fogo, similarmente, fusiona-se com o ar. O ar é absorvido pelo espaço. O espaço dissolve-se na Ignorância que, por sua vez, dissolve-se no Grande Brahman. 78."
Traduzido por Pedro Kupfer

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