domingo, 27 de junho de 2010

Com licença, eu vou à luta! Pare de se lamentar pelo que não vai bem na sua vida e busque agora a mudança que tanto almeja.


por Cacau Peres

Imagine que você tem 43 anos, três filhos entre 5 e 17 anos e está vivendo em um país estrangeiro, pois seu marido (ou esposa) está fazendo um pós-doutorado. Você tem o casamento perfeito, seus filhos são maravilhosos, sua família é objeto de desejo, mas você chega à conclusão de que o seu antigo ideal de felicidade já
não lhe preenche mais. Algo lhe falta, como se parte de sua missão tivesse sido cumprida, mas ainda tivesse mais a ser feito. Você parou seus estudos e deseja cursar uma faculdade, pois sente que tem potencial para construir sua própria carreira. O que você faria? Para a professora-doutora Heloísa Medeiros*, a opção foi partir para a ação.

Enquanto estava nos Estados Unidos, nasceu sua paixão pela arquitetura. Decidiu então prestar vestibular ao retornar ao Brasil e, ainda nos EUA, começou a estudar química, física e outras disciplinas utilizando os livros de seu filho mais velho.

Hoje não é raro encontrar pessoas que não estão felizes com determinado segmento de sua própria vida. Pode ser uma insatisfação com um relacionamento
afetivo que já não vai tão bem, um incômodo relacionado ao trabalho, ou uma infelicidade em relação à própria autoimagem.

Para concretizar o desejo de mudança, Heloísa prestou vestibular para arquitetura ao voltar ao Brasil e não somente foi aprovada, como passou entre as primeiras colocadas para uma renomada faculdade federal. Concluiu o curso com louvor, e ao término dele, decidiu fazer um mestrado em sua área, seguido de um doutorado. Hoje, além de uma excelente mãe, dona de casa, esposa exemplar e agora avó, Heloísa é também professora-doutora em arquitetura em uma das maiores faculdades federais do País.

Enquanto algumas pessoas preferem manter-se em sua “zona de segurança e conforto” (por mais que na verdade não se sintam seguras ou confortáveis),
permanecendo na mesma situação frustrante, reclamando de sua sorte, de braços cruzados sem nada fazer, outras partem para a mudança do
que supostamente falta para que sejam felizes.

A insatisfação e a inquietação que nos atingem em algum momento da vida (ou em vários momentos), remete à ideia de uma samsara psicológica, de “andar em círculos”, de encontrar na própria mente uma prisão, onde é gerado o nosso sofrimento.

Segundo o monge budista Thanissaro Bhikkhu, a mudança de atitude não é simples, pois requer esforço, dores e riscos, tanto mentais quanto físicos.
Além disso, o novo, a ausência de parâmetros que nos sejam familiares, é perturbador, justamente pelo fato de termos de lidar com a novidade para que a
mudança seja promovida.

Com o propósito de ir à luta para conseguir o que queria, a mineira Carmem Santana* tomou uma atitude radical. Aos 47 anos, casada, mãe de dois filhos
adultos, percebeu que seu casamento já não a fazia feliz como antes. Havia casado com seu primeiro namorado, e desde então seu mundo se resumia a
cuidar do marido, dos dois filhos homens e da casa. Como ela diz: “Meus filhos eram a razão de minha vida. Eu cuidava da alimentação deles, verificava se
suas roupas estavam limpas e passadas”.

No entanto, em 2003, Carmem conheceu, pela internet, uma pessoa 31 anos mais nova. A amizade evoluiu para um relacionamento afetivo intenso e profundo,
mesmo a distância, com eventuais encontros.

Carmem pediu o divórcio ao marido, que não somente recusou-se a separar-se, como ainda bloqueou sua conta bancária para demovê-la da ideia de sair de casa. Ela não pensou duas vezes: reuniu o pouco dinheiro que tinha juntado e saiu de casa literalmente escondida, carregando apenas uma mala com algumas peças de roupas, rumo à cidade de seu recente amor.

A GITA E A CORAGEM DE MUDAR
Segundo a professora de Yoga Juliana Araújo, “essas transformações na nossa vida representam a autotranscendência, aquele chamado interno pela busca da felicidade, o autoconhecimento e a autorrealização, que está relacionada a superar os nossos valores limitantes e nosso ego também”. Para a professora, essa missão é uma batalha e tanto, pois transcender nossos condicionamentos
e mudar nossas atitudes não é uma tarefa fácil. Ela ilustra: “Lembro-me da história do Bhagavad Gita, quando Arjuna sente-se amedrontado por estar no campo de batalha, sentindo-se mal por ter de lutar, e somos parceiros nesse sentimento
de temor e de insegurança quando estamos no nosso campo de batalha. Krishna diz que o jeito é lutar, porque abandonar o campo não é uma opção das mais sábias”.

No Ayurveda também podemos encontrar explicações para as dificuldades que se apresentam quando decidimos quebrar um ciclo de sofrimento em nossas vidas, pois é por meio das qualidades sutis, ou seja, rajas, tamas e sattva, que nossa consciência mais profunda funciona. A terapeuta ayurvédica Fernanda
Ribeiro Lima, de São Paulo, afirma que as três gunas nos ajudam a entender nossa natureza mental e espiritual e como ela trabalha. Ela explica: “Sattva, a qualidade da harmonia e estabilidade, nos fornece contentamento e lucidez, por meio da qual percebemos a verdade das coisas. Por sua vez, rajas e tamas são fatores de desarmonia, e causam ilusão e uma imaginação e percepção equivocadas. No mundo de hoje, com tantos estímulos e competição, é natural que a maioria das pessoas se encontre em um estado tamásico ou rajásico, com uma mente muito longe de sua natural essência”.

Quando optamos pela mudança ou pela inércia, devemos ter em mente que para cada ação corresponde uma consequência, e que mesmo a falta de ação é uma ação por si só. Assim, podemos escolher ou não o que fazer, mas não podemos
escolher os resultados dessas escolhas nem tentar alterar seus efeitos. Segundo o professor Pedro Kupfer, “isso é regulado pela lei do karma. Não existem nem julgamento, nem juiz. Somente leis imutáveis”.


Três anos após sua mudança radical, Carmem reconhece que enfrentou tempos muito difíceis tanto financeira quanto emocionalmente. Mas ela conseguiu se divorciar, hoje tem seu próprio carro e apartamento e entrou de sócia na agência
onde começou como recepcionista. E o amor? “Vai muito bem, obrigada!” Porém, confirmando a declaração de Kupfer de que “para cada ação existe uma consequência”, ela lamenta que até hoje seu filho mais velho não a tenha perdoado por ter saído de casa e se juntado a uma pessoa mais jovem que ele próprio.

Viver em eterna lamentação, sem tomar uma atitude para quebrar esse ciclo de infelicidade, parece ser o mais comum, pois segundo o professor de Yoga Gopala, diretor do Centro Sivananda de Porto Alegre, vivemos em avidya, ou seja, não conhecemos verdadeiramente a nós mesmos. Ele diz: “Vidya – conhecimento do Absoluto – é experimentado por meio da realização direta de quem realmente somos, como diz uma das mais célebres frases das Upanishads: “Eu sou Brahman, Eu sou o absoluto”. Assim sendo, dentro da visão ordinária vivemos em
avidya, representando a ignorância em relação à nossa própria natureza, agindo como um elo que nos prende ao samsara.

A SAM SARA DA AUTOIMAGEM
Caroline Schneider sempre foi vítima de sua própria samsara psicológica quando o assunto era sua autoimagem. Ela conviveu com o peso extra desde criança, comendo de forma compulsiva. Buscou várias tentativas de emagrecimento, mas todas foram infrutíferas. O excesso de peso trouxe complicações mais sérias para sua vida, fazendo com que ela tivesse pré-eclâmpsia na gestação de sua filha, tendo esta nascido prematura. Para completar sua frustração, seu casamento foi por água abaixo quando a filha tinha somente 4 meses de vida.

Caroline diz que o confronto com o espelho era evitado a qualquer custo, pois, segundo ela, “isso era uma afronta ao meu ego”. Porém, quando se deparou com a verdade, ela estava pesando 126 quilos, aos 27 anos de idade. Ela diz: “Fiquei tão tonta para conseguir internalizar aquilo que lágrimas não foram o bastante para exprimir o que senti naquele momento. Como pude chegar naquele ponto?”

Caroline, no entanto, vendo a vida se desmoronar à sua volta, optou por quebrar a samsara de sofrimento. Nasceu uma imensa vontade de reescrever sua própria história. “Antes, minhas angústias, frustrações e medos comandavam meu apetite; não sabia senti-los. Passei a frear o gatilho das minhas emoções, me observando. Compreendi que a verdade dos outros nem sempre serve para mim, assim como a minha nem sempre serve para os outros.”

A quebra da samsara é complexa e requer esforço, pois ainda segundo Gopala, nós nos identificamos com o pêndulo das emoções de nossas preferências e aversões (raga e devesha), que nos iludem o tempo todo. Ele diz: “É necessário um despertar luminoso (sattva) que nos permita sacudir a poeira acumulada de ignorância (tamas) que se traduz em relacionamentos viciados e ciclos equivocados de hábitos que nos levam ao sofrimento. A partir do momento em que podemos reconhecer a verdadeira beleza e perfeição inerentes em todos, desenvolvemos um respeito maior que se traduz em felicidade perene”.

Por meio dessas mudanças internas, Caroline buscou uma reeducação alimentar e em sete meses conseguiu emagrecer exatamente a metade de seu peso, chegando a 63 quilos. Ela mantém esse novo peso há três anos, mostrando que a mudança veio para ficar. Pela internet, ela estimula outras pessoas em seu
blog: http://operacaometamorfose.blogspot.com.

O CALOR DA MUDANÇA
Segundo Janaína Chagas, terapeuta ayurvédica do Rio de Janeiro, por meio do Ayurveda podemos resgatar essas essências até então perdidas, do tamásico,
que é a energia mais distante da luz, trabalhando para chegar ao rajásico, que é a energia da paixão, a energia do movimento de mudança, o fogo que nos mpulsiona a transformar, que será necessário para enfim chegarmos à energia sattvica, equilibrada.

Essa força transformadora tomou conta de Carolina Langowski e de seu marido, Raphael, quando abandonaram suas promissoras carreiras em Curitiba, mudaram-se para uma pequena praia em Santa Catarina e abriram uma pousada. Eles sempre ouviram as pessoas dizendo que o sonho delas era um dia se aposentarem, mudarem para uma praia, terem uma pousada e uma vida pacata. Mas, segundo eles, “a vida está passando, e não dá para esperar se aposentar para então ir atrás do que se quer!”

Carolina cursava fisioterapia e educação física, e seu pai médico era bastante conhecido em Curitiba, já tendo por certo que muitos empregos esperavam a “filha do doutor...”. Mas ela não queria saber de doenças e sim de saúde e bem-estar, por isso foi seduzida por ter qualidade de vida e viver disso. Já Raphael tinha uma agência de publicidade em ascensão, que, paradoxalmente, ceifava seu tempo para dedicar-se à sua paixão, as artes plásticas. Dessa insatisfação com o que o presente e o futuro lhes acenava, eles decidiram vender o que possuíam em Curitiba e em 2001 construíram, na praia de Mariscal, quatro chalés, acomodaram-se em um e alugaram os outros.

Durante as obras, Rapha e Carol sobreviveram dando aulas de Yoga, principalmente durante o inverno, quando a procura por pousadas diminui na
região. A partir de então as coisas foram fluindo de forma natural, como as aulas de anatomia em cursos de formação em Yoga que Carol passou a ser convidada
a ministrar, e os trabalhos de Rapha, que passaram a ser reconhecidos aqui e no exterior.

Carol reconhece as dificuldades que enfrentaram ao longo do caminho: “Ter uma pousada não é um sonho colorido, pois exige muito mais trabalho que as pessoas imaginam. A diferença é a forma como enxergamos os obstáculos, nos apegando ao lado negativo ou positivo da situação”. Ainda assim, nem ela nem o marido se arrependem de terem se livrado das amarras da antiga insatisfação: “Temos uma vida de sonho, com muita simplicidade, onde podemos curtir e ser livres. Hoje nos sentimos muito mais leves e realizados, com a certeza de que encontramos o nosso caminho”. Ela lembra, no entanto, que as mudanças devem sempre surgir
do interior para o exterior, e não o contrário, pois em sua visão, é essencial tomar atitudes para mudar coisas de que não gostamos em nossas vidas, mas a real felicidade só surge quando promovemos uma mudança interna pautada em bases sólidas.

Segundo a professora Juliana, a decisão de Carol e Rapha demonstra uma boa dose de desapego. Ela diz: “Para que possamos evoluir, esse desapego (vairagya) é necessário e isso demonstra maturidade em relação à vida, ao trabalho, às relações e tudo que deixaremos para trás. Devemos agir usando discernimento (viveka), sabendo que não devemos esperar por uma mudança e sim agir em direção ao que queremos”.

Kupfer diz que o paradoxo entre as lágrimas das dificuldades e a obtenção da nossa meta se resolve por meio do próprio caminhar, na prática. Ele afirma: “Precisamos quebrar o casulo do ego para chegar à essência. O verdadeiro milagre consiste apenas em estar vivo, respirando e sendo”. Ele lembra ainda da famosa frase que diz que: “Não existe caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho”.

Se pretendemos ir à luta em busca do que desejamos, se pretendemos interromper o eterno ciclo de reclamações sobre algo que não vai bem em nossas vidas, devemos ter em mente que as dificuldades são inerentes a qualquer mudança e partir em busca da ação. Segundo Gopala, “temos grande dificuldade
em desvincular-nos dos inúmeros impulsos egoístas que nos assolam. Às vezes construímos um sonho dentro de outro, e por isso a prática do Yoga e a reflexão do Vedanta (vichara) nos permitem sair da letargia consciencial, despertando-nos ao fluxo cósmico ilimitado que é o nosso mais precioso direito como seres humanos”.

Para a terapeuta Janaína, tanto o Yoga quanto o Ayurveda são de extremo auxílio quando da busca dessa quebra de samsara. Segundo ela, ambos trazem para o indivíduo o resgate de si. A terapeuta Fernanda concorda: “Uma pessoa que busca uma vida mais sattvica, com dieta apropriada para seu dosha, realizando
tratamentos ayurvédicos, meditação, pranayamas e Yoga, adquire cada vez mais equilíbrio e paz de espírito e encara a vida como uma experiência de muitos aprendizados e não um mar de problemas e aborrecimentos”. Juliana reforça: “Pensamentos ruins, sensação de derrota, querer voltar para aquilo
que é conhecido, pensar que tudo pode dar errado são comuns. Mas Patañjali sabiamente dedica um tempinho no Yoga Sutra para falar que “se você pensa isso, por que não pensar no oposto? As possibilidades são as mesmas para ambas!”

E a prática de Yoga nisso tudo? (por Edi Lisboa)
A prática de Yoga nos ajuda nas mudanças que buscamos por meio da reflexão que ela propõe. A utilização adequada de suas ferramentas semeia o campo fértil da equanimidade e da tranquilidade – os alicerces sobre os quais podemos agir no mundo, desenvolvendo mais objetividade para o que desejamos em nossas
vidas. Com uma mente mais tranquila, aprendemos a apreciar as situações cotidianas sem as amarras dos condicionamentos subjetivos.

A interpretação de um fato ou acontecimento passa a ser feita com certo “distanciamento”, pois passamos a enxergar o mundo meramente como testemunhas e observadores. Assim, reduz-se o impacto que as adversidades
externas nos causam, e os conflitos internos são amenizados. Isso tudo nos
permite entender por que estamos mergulhados em determinada situação ou
emoção, entendendo a sua natureza e motivação.

Nesse momento acende--se aquela luzinha no fim do túnel das possibilidades...

A prática de Yoga não é o remédio mágico para todos os males, mas é libertadora,
pois nos deixa lúcidos e despertos, e passamos a olhar para as situações na forma como elas se apresentam. Somente assim podemos, a partir daí, tomar a decisão que for mais adequada para o momento presente.
Om shanti!

Pele lisa e macia - Como a alimentação ayurvédica pode melhorar sua pele



Por Thays Biasetti

Acne, oleosidade, ressecamento. Esses problemas de pele, geralmente, são causados por uma alimentação errada. Na medicina ocidental, acne, por exemplo, pode ser um excesso de gordura. Para o ayurveda, cada problema é causado pelo desequilíbrio de um ou dos cincos elementos (terra, água, fogo, ar e éter).

A terapeuta ayurvédica e diretora do Jaya Spa, em São Paulo, Andrea Alves, explica que cada indivíduo deve ser tratado de maneira diferente, pois o Ayurveda sempre tem uma visão holística, ou seja, vê o indivíduo como um todo. “A pele é um órgão que, como os outros, depende de um bom funcionamento celular. A alimentação sempre será a base para manter as células nutridas e livre de toxinas, o que, conseqüentemente, trará equilíbrio para a pele e para todo o corpo”, disse Andrea.

O clínico geral e presidente da Associação Brasileira de Ayurveda, Aderson Moreira da Rocha, da Clínica de Ayruveda, no Rio de Janeiro, afirmou que o mau funcionamento do aparelho digestivo é a causa de doenças. “Na medicina ocidental, os alimentos com diversos elementos nutritivos ganham mais espaço no cardápio que os de fácil digestão. No ayurveda, porém, essa relação é inversa: a digestão vem antes da nutrição, pois se acredita que para o organismo funcionar direito, é preciso ter um bom fogo digestivo. As alterações da pele vêm das toxinas geradas pela alimentação errada e uma má digestão”, disse Aderson.

As toxinas se acumulam no trato digestivo e extravasam os tecidos, especialmente a pele. E uma boa digestão ajuda a evitar o acúmulo destes elementos prejudiciais ao organismo. “Para eliminar as toxinas, o indivíduo deve ter fogo digestivo saudável, uma boa evacuação e uma alimentação adequada”, complementou Aderson.

Fatores que influenciam na pele
Na medicina ayurvédica, devem ser consideradas as características de cada um para se realizar um tratamento. Mas existem alguns alimentos que são tóxicos para todos para os três doshas, como os com baixo teor nutricional e fontes de muito açúcar refinado, sal e gordura hidrogenada (trans). “Os industrializados como biscoitos, salgadinhos e enlatados são as piores opções”, disse Andrea.

Além deles, os alimentos que bloqueiam o movimento ou a expansão da mente (conhecido como Tamas) não são indicados para manter a pele saudável. “O excesso de carne, fritura e bebida alcoólica é prejudicial”, falou Andrea. “Quando, por exemplo, percebemos espinhas no rosto, não associamos ao chocolate que se comeu algumas horas antes, mas a um organismo que de certa forma vem sendo desorganizado num processo longo. Outros fatores também influenciam o acúmulo de toxinas, como a respiração e o estresse”, completou a terapeuta.

Para se livrar dos problemas, é necessário fazer um tratamento de desintoxicação. “Quando alguém está com alterações na pele, é recomendado um tratamento para o desequilíbrio específico. Mas a melhor maneira de conseguir uma desintoxicação completa e melhorar o fogo digestivo é fazendo os panchakarmas”, afirmou o médico.

O ayurveda também utiliza outros elementos para tratar o ser humano, fazendo a manutenção da pele de dentro para fora e equilibrando os cinco elementos (terra, água, fogo, ar e éter). “Livrar as células de toxinas é sempre a base de nossa filosofia. Inclusive as massagens e os emplastros têm este objetivo. Outros tratamentos tópicos são complementares neste processo”, comentou Andrea.

Dr. Aderson também recomenda alguns óleos, sempre prestando atenção ao dosha dominante. “O ressecamento de pele é sintoma de vata. Para isso, deve-se usar óleo de gergelim. Para kapha, recomendamos o de mostarda, e, para Pitta, óleo de coco”, disse.

Alimentos específicos para cada dosha
Cada dosha deve prestar atenção a alguns tipos de alimentos para não gerar um desequilíbrio em algum elemento. O cardápio de cada pessoa é personalizado, feito de acordo com suas características. Para quem já sabe qual seu dosha, e gostaria de algumas dicas, Andrea faz algumas sugestões.

Para Vata, por ser frio, seco e leve, recomenda-se os carboidratos tipo cereais (arroz, aveia, trigo, quinua), oleaginosas (castanhas, gergelim, linhaça), frutas doces como abacate e banana e papaia, vegetais sempre cozidos al dente, laticínios e chás de erva-doce ou capim-limão. Deve-se optar também pelo consumo de leguminosas, tipo feijão azuki e lentinha vermelha. Recomendamos também evitar o consumo de vegetais crus, pois aumentam os gases, e frutas secas. O consumo de carne é pouco indicado para este dosha, mas se gostar, consuma carnes mais leves (brancas), e peixes gordurosos como salmão e atum fresco.

Para Pitta, por ser quente e oleoso, os alimentos benéficos são cereais, como arroz, trigo e cevada, e as frutas doces. Vegetais doces (batata, abobrinha, abóbora) e amargos cozidos (espinafre, chicória, aspargos), bem como sementes (girassol, coco, abóbora) são boas opções no cardápio. Leguminosas (feijões, lentilhas e soja) são muito recomendadas, bem como óleos de coco e girassol e leites de arroz e soja. Deve-se preferir o leite de cabra, diminuir o consumo de vegetais picantes (rabanete, pimentão), frutas ácidas, carnes escuras, oleaginosas (castanhas e gergelim) e pimentas (malagueta, raiz forte).

Para Kapha, pesado, frio e oleoso, recomenda-se as frutas adstringentes (maçã, damasco e pêra) e secas (uva, ameixa, damasco), vegetais picantes e amargos, cereais (aveia e cevada), sementes e leguminosas tipo feijão azuki e lentinha vermelha. Consumir com moderação laticínios, carboidratos, açúcares, oleaginosas (castanhas), carnes e principalmente sal, pois aumentam a letargia, produção de muco e retenção de líquidos.

Para saber mais
www.jayaspa.com.br
www.ayurveda.com.br

Aqueça-se nesse inverno


Por Thays Biasetti

O inverno está quase aí. No final de junho, estaremos na estação mais fria do ano. O Brasil, por ser um país tropical, apresenta uma temperatura mais amena, com poucos dias de muito frio na estação. Mas esse curto tempo com as temperaturas mais baixas pode ser uma tortura para algumas pessoas. “Isso se dá porque somos seres únicos na natureza e, com ela, nós interagimos a todo o momento, fazendo nosso organismo responder individualmente às temperaturas do ambiente”, disse Erick Schulz, diretor do Instituto de Cultura Hindu Naradeva Shala e vice-presidente da ABRA-Associação Brasileira de Ayurveda.

Mas nem todos os doshas têm problemas com as temperaturas baixas. “As pessoas de dosha kapha e vata são as que mais sofrem com o inverno. Frio e umidade pioram o kapha, enquanto frio e ar seco, o vata. Mas o desequilíbrio desses dois também pode levar a um problema em pitta”, afirmou Cris Ayres, terapeuta ayurvédica da Ayur Elements, em São Paulo. Erick comentou que quem é vata deve tomar cuidado redobrado. “As pessoas com predominância de vata são as que sentem muito frio nesta época do ano e, por isso, necessitam ter muita atenção, pois possuem uma tendência a ficar com a pele mais seca e áspera. Algumas vezes, chegam a ficar até com prisão de ventre, insônia, aumento da ansiedade, dor de cabeça e resfriados sucessivos”, disse Ayres.

Ajuda ayurvédica
Para quem sofre demais com o frio, o Ayurveda pode ajudar. Alimentação, chás, roupas e massagens podem aliviar o desconforto causado pela temperatura, especialmente para vata e kapha. As massagens são feitas por um terapeuta ou pela própria pessoa, com óleos apropriados para cada dosha.

Mas alguns óleos são indicados para todas as pessoas. “No inverno, é muito recomendada a utilização de óleos nutritivos e quentes, como os de gergelim e rícino para massagem com pedras quentes, sempre com muito cuidado para não desarmonizar o dosha Vata”, comentou Erick.

Também é muito importante cuidar da alimentação durante o período do inverno, pois o que comemos é o que mantém o equilíbrio do organismo, não deixando o frio se instalar. As pessoas devem ingerir alimentos mais nutritivos, quentes e úmidos, de preferência cozidos, grelhados ou assados, evitando sempre que possível o alimento cru. E cada dosha deve prestar atenção às suas características. “O doce, o salgado e o ácido são altamente benéficos para pitta e vata. Quem é kapha, no inverno, deve ficar atento, pois a alta ingestão de doces pode causar uma desarmonia. Atenção, ainda, para o uso de café, pois pode trazer desarmonia de vata”, recomendou o médico ayurveda.

Dicas que esquentam
Mas não são apenas massagens e alimentos que aumentam a temperatura. Para passar a estação fria sem nenhum problema, outros artifícios são bem-vindos. “Os chás de erva doce, camomila, canela, gengibre podem ser consumidos ao longo do dia, de preferência mornos, com mel e limão. E, para combater a secura, deve-se ingerir bastante líquido”, disse Erick.

Manter o fogo digestivo (Jataragni) equilibrado é muito importante sempre, e em especial no inverno, quando o frio afeta mais o corpo. “O Ayurveda recomenda comer um pedaço pequeno de gengibre fresco com duas gotas de suco de limão e pitadas de sal antes das refeições. Isso ativa as glândulas salivares, produzindo enzimas necessárias, para que os nutrientes nos alimentos sejam facilmente absorvidos pelo corpo”, afirmou a terapeuta do Ayur Elements.

Cris Ayres completou que é necessário prestar atenção também ao que vestimos, pois nem todas as roupas são indicadas para esquentar: “Todos os doshas devem ficar atentos à vestimenta. Não use roupas sintéticas em contato com a pele e prefira as de algodão”. Erick também sugeriu outros elementos que podem ajudar a não sofrer com o frio. “Roupas mais escuras mantêm mais a temperatura do organismo, assim como a utilização de pedras preciosas chamadas quentes, como metal ouro e procurar fazer exercícios diariamente para manter o corpo sempre acordado e disposto”, disse Erick. Seguindo as recomendações dos especialistas, esse inverno não vai ser tão gelado.

Confira algumas receitas indicadas pelos profissionais de ayurveda para fazer em casa.


Garam Masala

Ingredientes
1 colher (de sobremesa) de canela em pó
1 colher (de café) de louro em pó
30 g de cominho em pó
25 g de coentro em pó
20 g de cardamomo em pó
20 g de pimenta preta em pó
15 g de cravos da índia em pó
15 g de nós moscada em pó

Modo de preparo
Faça uma infusão, adicionando as especiarias à água fervente. Cubra e reserve por dez minutos. Coe e tome morno ou quente durante o dia. Pode adoçar com um pouco de mel ou tomar puro.


Chá Anti-gripe

Ingredientes
1 colher (de café) rasa de
1 colher (de café) rasa de gengibre em pó
1 colher (de café) rasa de sementes de erva doce
1 colher (de café) rasa de canela em pó
1 colher (de café) rasa de cardamomo em pó
1 colher (de café) rasa de basílico
1 colher (de café) rasa de curcuma em pó
1 pitada de pimenta caiena e de cravo em pó
3 xícaras (de chá) de água mineral

Modo de preparo
Faça uma infusão, adicionando as especiarias à água fervente. Cubra e reserve por dez minutos. Coe e tome morno ou quente durante o dia. Pode adoçar com um pouco de mel ou tomar puro.

Importante: Evite usar ácido acetilsalisílico, pois junto do gengibre torna o sangue mais fino. Pessoas com hiperacidez também não devem consumir este chá.

Chá de Cominho para a Digestão

Ingredientes
250 ml de água mineral
1 colher (de chá) de sementes de cominho

Modo de preparo
Ferva a água, adicione as sementes de cominho e apague o fogo. Cubra a panela e faça uma infusão. Deixe descansar por 20 minutos. Coe e tome o chá em pequenos goles durante o dia. A infusão deve estar morna ou quase quente.

Importante: Em caso de gravidez, é necessário consultar um médico.


Chai (Chá Indiano com Especiarias)

Ingredientes
2 xícaras(de chá) de leite
2 xícaras (de chá) de água
2 colheres (de sopa) rasas de chá preto (Darjeeling)
5 cravos da Índia
1 colher (de sopa) rasa de gengibre fresco ralado
1 colher (de chá) de cardamomo em pó
1 colher (de chá) rasa de canela em pó
3 grãos de pimenta preta ou 1 pitada de pimenta Cayena (opcional)

Modo de preparo
Ferva a água e o gengibre em fogo baixo por 15 minutos. Mantendo o fogo aceso, adicione a canela e o cravo, deixando ferver por mais cinco minutos; adicione o chá e o cardamomo e deixe ferver por mais cinco minutos. Junte o leite, misture bem e aguarde levantar fervura. Desligue o fogo, tampe a panela e aguarde cinco minutos. Coe e sirva adoçado a gosto.

Importante: O Chai é uma bebida tradicional na Índia, consumida largamente. Esta mistura de chá preto, especiarias e leite é muito equilibrada, aquece no inverno e o leite nutre principalmente as pessoas do tipo vata. As especiarias agem como antídotos do leite, permitindo até que o tipo kapha possa consumi-lo, em pequena dose. Como é uma bebida estimulante, não é indicado o consumo de mais de três pequenas xícaras ao dia, nem após às 21h.

Opostos que se atraem

Aumento da resistência física e condicionamento cardiovascular são alguns dos benefícios da corrida. Saiba mais e melhore sua prática

Por Patrícia Ribeiro

A princípio, as duas práticas parecem não ter quase nada em comum. O Yoga é voltado para introspecção e consciência corporal. Trabalha a concentração, a respiração, a flexibilidade, o equilíbrio e foca na permanência. Já a corrida aumenta a resistência física, a qualidade do sono, melhora a disposição e a tolerância ao estresse, o condicionamento físico e a capacidade cardiorrespiratória. Mas é justamente por causa das diferenças que elas podem ser complementares. Pelo menos é isso que os treinadores e praticantes de Yoga dizem.

A administradora de empresas Isabel Nasser faz aulas de Yoga há dois anos e queria um exercício cardiovascular para melhorar sua prática. “O Yoga exige permanência em algumas posturas complicadas, que pedem força e resistência. A corrida também exige preparo, resistência, força e concentração, e as atividades conjugadas são excelentes”, diz.

Tanto os corredores como os praticantes de Yoga também ganham muito aliando as duas práticas. “O treinamento em corrida requer um alto grau de concentração, principalmente quando realizado em ambientes. Assim, além de tornar o praticante de Yoga mais bem condicionado fisicamente — o que terá efeito direto na prática de asanas —, a corrida iniciará um treinamento em concentração”, complementa o educador físico e professor de Yoga da Universidade de São Paulo Danilo Forghieri.

A educadora física e corredora Fernanda Berlowitz sente os efeitos do Yoga nos treinos e no cotidiano. “Resolvi fazer Yoga para recuperar um pouco da minha paz interna”, diz ela, que corre há 22 anos e pratica Yoga desde 2003. Para ela, o Yoga também a ajudou a perceber os limites e a lidar com as tensões. Além de proporcionar alongamento e fortalecimento muscular, o Yoga ensina o praticante a cultivar consciência corporal e autoconfiança. “Essa questão é particularmente importante para o corredor, já que o organismo produz muita endorfina, substância que atenua a sensibilidade à dor e provoca a sensação de bem-estar”, ressalta a professora de Yoga e treinadora de corrida Tamara Vieira, do Satya Mandir, de São Paulo.

Devagar e sempre

Para quem nunca correu, a ideia mais recorrente é que correr é para atletas e pessoas comuns não têm fôlego para ir além dos primeiros 500 metros. O segredo para qualquer atividade é começar devagar e continuamente. udo que é radical tende a não ser levado adiante. Por isso devemos começar alternando caminhada e corrida. O aumento deve ser gradual em quilometragem e intensidade para que o organismo se acostume com todas as mudanças. Paciência e disciplina são fundamentais”, explica Tamara. O ideal é procurar um professor de educação física ou uma assessoria esportiva que possa orientá-lo corretamente. Danilo lembra que, em qualquer idade, é aconselhável a realização de um teste ergométrico, com um eletrocardiograma de repouso e durante o exercício.

A corrida já foi comparada com um tipo de meditação em movimento e muitos corredores dizem que atingem um estado meditativo. “Os corredores referem-se a ‘estar na zona’. Nesse estado, a mente chega num ponto de ondas alfa que frequentemente estão presentes na meditação. Na corrida, utiliza-se esse estado mental meditativo para ir mais além e para tirar o foco das dores e desconfortos. Então, repetir frases mentalmente que motivem, que ajudem a se concentrar é importante durante a corrida”, explica Tamara. De opinião diferente, o professor Danilo acredita que não existe uma meditação em movimento. “O que podemos dizer é que a corrida é um tipo de concentração em movimento.”

Os membros inferiores e o quadril são muito solicitados na corrida e há asanas que trabalham as necessidades específicas dos corredores. A professora Tamara indica adho mukha svanasana (postura do cachorro olhando para baixo), uttanasana (postura do alongamento intenso para a frente) , virabhadrasana III (postura do guerreiro), gomukhasana (postura da cabeça da vaca), badha konasana (postura entrelaçada do ângulo) navasana (postura do barco), complementados por saudações ao sol.

Os exercícios respiratórios do Yoga também são muito úteis, mas não devem ser feitos durante a corrida. “Fazer pranayamas regularmente treina a musculatura inspiratória, o que pode auxiliar o corredor no momento em que precisa movimentar mais sua caixa torácica para obter o aumento do volume inspirado requerido pela corrida”, completa Danilo.

Freqüência Cardíaca Máxima

Para saber qual é a sua freqüência máxima (FC Max), faça a conta 220 – sua idade para homens e 230 – idade para mulheres. O resultado é a quantidade batimentos cardíacos por minuto. Quando caminhar ou correr e quiser medir seus batimentos cardíacos, pegue o pulso ou a jugular e conte durante 10 segundos e multiplique o número de batimentos por 6. O resultado varia conforme a idade e o sexo do indíviduo.

Matéria retirada da PYJ. Edição 27. Abril de 2009.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Mente- Coração - Yoga São Caetano do sul

                                                         Andréa no Ibirapuera
"A distância mais longa é que separa a cabeça do coração"
Thomas Merton

sábado, 12 de junho de 2010

Mantra - Om Shanti - Yoga São Caetano do Sul

 Om, shanti, shanti, shanti


Invoque a paz
Om, paz, paz, paz


Foto: Huan Gomes

Este mantra é uma evocação de paz, muitas vezes repetida no final de uma aula de Yoga, e tem duas funções. Primeiro, afirma que a paz está disponível para nós em qualquer momento que escolhemos nos focar nisso. Segundo, repetir o mantra nos ajuda a criar mais paz no mundo, porque de acordo com a filosofia do Yoga, quando chamamos algo do fundo do ser com o coração puro e a mente focada, estamos usando a nossa consciência para tornar-se realidade. Este é realmente o propósito de todos os mantras: são ferramentas para manifestar intenções.

Para extrair a força vital desse mantra, visualize o impacto de cada palavra que recita. Por exemplo, enquanto recitar o primeiro shanti, pode evocar paz interior; na segunda vez, paz para sua família e amigos; na terceira vez, paz para o planeta. Quando faz isso com fé, devoção e intenção concentrada, você cria uma ótima oportunidade para a paz em todos os lugares.

CHRISTOPHER D. WALLIS

Melhore a respiração

Melhore a respiração

Aprenda os fundamentos da respiração diafragmática para melhorar sua prática e tornar-se mais calmoPor Roger Cole
Tradução: Cacau Peres
Consultor: Gerson D’Addio da Silva


Na prática de Yoga, às vezes um professor instrui os alunos a fazer a respiração diafragmática assim: respire na barriga, deixando-a subir na inspiração e descer na expiração, e não movimente a caixa torácica, caso contrário, você não está usando o diafragma.

Essas instruções são cercadas de mitos e meias-verdades,pois mesmo não sendo anatomicamente precisas, não são de todo erradas. Enfatizar o movimento abdominal deixando a caixa torácica imóvel ativa o diafragma e produz uma respiração que dá uma imensa tranquilidade. Mas não é verdade que o inverso sempre produza uma respiração curta e não diafragmática.

Iniciantes no Yoga estão acostumados a respirar no alto do peito, gerando uso excessivo da musculatura do pescoço e da parte superior do tronco (conhecidos como músculos acessórios da respiração), esquecendo o diafragma. Em situações de emergência, precisamos desses músculos acessórios para dar início à ação do diafragma, fazendo com que a caixa torácica suba e desça de forma mais intensa, ajudando a levar mais ar aos pulmões. Mas os músculos acessórios se cansam facilmente, e seu uso excessivo pode causar cansaço e ansiedade.

Entretanto, existe um tipo de respiração que, mesmoativando a parte superior do tronco, produz uma respiração profunda e intensa – a respiração torácica diafragmática. Ela eleva a porção periférica do diafragma abrindo as costelas na inspiração, deixando o abdome relativamente imóvel. Essa técnica é excelente para iniciantes que desejam obter maior consciência da respiração, além de ser calmante, pois impede o uso dos músculos acessórios. Além disso, a respiração torácica diafragmática fortalece o diafragma, intensifica a inspiração e leva maior quantidade de oxigênio para todas as partes deste órgão.

Fundamentos da respiração

Para compreender a ação por detrás da respiração torácica diafragmática, precisamos saber como a caixa torácica, o abdome e o diafragma trabalham para levar o ar para dentro e para fora dos pulmões. Divida o tronco em duas seções: a superior e a inferior. A seção superior, composta basicamente pela caixa torácica, é chamada de cavidade torácica, e é quase totalmente preenchida pelos pulmões, além de abrigar o coração. Já a seção inferior, composta basicamente pelos músculos abdominais, é chamada de cavidade abdominal, e é preenchida por outros órgãos (fígado, estômago etc.). O que separa essas duas cavidades é o diafragma, uma estrutura musculotendinosa em forma de cúpula que tem sua concavidade voltada para a cavidade abdominal.

Os pulmões se apoiam sobre o diafragma de forma que este, ao descer, puxa os pulmões para baixo, alongando-os e criando um espaço extra dentro deles. O ar vai automaticamente para os pulmões para preencher esse espaço, resultando no que conhecemos como inspiração. Quando a inspiração se completa, o cérebro para de mandar sinais ao diafragma para que ele se comprima, fazendo com que esse músculo relaxe e todas as fibras utilizadas durante a inspiração voltem às suas posições originais, fazendo o ar sair dos pulmões, resultando na expiração.

A respiração torácica diafragmática é um pouco diferente. No início da inspiração, contraímos a musculatura do abdome suavemente para evitar que a barriga se estufe. Essa ação empurra os órgãos abdominais para dentro e para cima, contra a parte inferior do diafragma, de forma que seu topo não consiga descer com facilidade.

A borda inferior da caixa torácica se eleva porque o diafragma está diretamente conectado a ela. Enquanto as costelas se elevam, elas também se abrem, expandindo os pulmões, fazendo com que a cavidade torácica se torne mais larga e mais longa.

As laterais dos pulmões aderem às paredes dessa cavidade, expandindo-se também. Então, cria-se um espaço extra dentro dos pulmões, causando a inspiração. Logo após, o diafragma relaxa, abaixando a caixa torácica e trazendo os pulmões de volta ao seu tamanho original, forçando o ar para fora, produzindo a expiração.

Expiração fácil

Algumas dessas técnicas da respiração torácica diafragmática podem melhorar a prática de Yoga. As extensões (inclinações para trás) se beneficiam da expiração dessa forma de respiração. As extensões exigem uma elevação contínua do esterno, logo, quando as executamos, elas bloqueiam as costelas superiores durante a inspiração. Essa ação torna a expiração difícil, uma vez que não conseguimos abaixar as costelas superiores. Quanto menos expiramos, menos ar fresco somos capazes de inspirar, o que nos deixa com muito dióxido de carbono e pouco oxigênio. Essa é uma das razões pelas quais as pessoas se cansam tão rapidamente nas extensões.

Entretanto, existe uma maneira de expelir maior quantidade de ar: relaxe o diafragma totalmente de forma que ele não mais exerça pressão sobre as seis costelas inferiores e use os músculos acessórios para manter a elevação da parte superior do tórax. Isso faz com que as costelas inferiores desçam e se movam para dentro. O movimento de descida das costelas inferiores expelirá o ar dos pulmões, criando espaço para uma nova inspiração. A respiração consciente durante as extensões deixam-nas muito mais confortáveis, facilitando a permanência nas posturas.

Incline-se e respire

Comece com a respiração torácica diafragmática em tadasana (postura da montanha), com as costas contra uma parede e as mãos sobre as costelas inferiores. Eleve os braços e toque a parede. Expire, deixando-a mais longa enquanto leva as costelas inferiores para baixo e para dentro, sem deixar os braços ou o esterno descerem, e sem contrair a musculatura abdominal.

Escolha uma postura de extensão adequada – por exemplo, ustrasana (postura do camelo) para iniciantes ou urdhva dhanurasana (postura do arco elevado) para praticantes intermediários e avançados – e use a mesma técnica para prolongar cada expiração. Perceba como as posturas se tornam mais fáceis. O progresso nas extensões é só o começo. A respiração é o coração do Yoga e o diafragma é o coração da respiração. Aprenda a usá-lo de modo correto e ganhe mais liberdade.

Roger Cole é professor de Iyengar na Califórnia. www.rogercoleyoga.com

Matéria retirada da PYJ. Edição 27. Abril de 2009.


Venha fazer Yoga com a gente.
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quinta-feira, 10 de junho de 2010

Isquiotibiais Forte e Alongados - Yoga São Caetano do Sul

Fortes e Alongados


Isquiotibiais fortes e flexíveis baseiam
qualquer prática de Yoga. Estas cinco posturas
os alongam e fortalecem de maneira suave


Por Roger Cole
Tradução: Cacau Peres
Consultor: Gerson D’Addio da Silva, Fotos: Cauê Ito



Alongar os isquiotibiais é mais ou menos como tentar guiar uma mula empacada. Se puxar a mula, ela puxará de volta. Mas é possível convencer a mula a fazer o que se quer se fizer amizade com ela. Ajude-a a relaxar, indique um lugar bacana para ir e ela te seguirá feliz da vida.

O mesmo acontece com os isquiotibiais. Se os alongamos puxando-os de forma abrupta, eles nos trazem de volta de forma ainda mais forte. Mas é possível convencê-los a se soltarem se os tratarmos corretamente.

Vale a pena fazer amizade com esses músculos poderosos. Em geral, eles carregam uma tensão muito grande, logo, quando os soltamos, a sensação de relaxamento é enorme, tanto física quanto psicologicamente. Alongá-los também ajuda a proteger a lombar. Os isquiotibiais dão suporte aos ísquios, limitando a inclinação à frente da pelve na articulação do quadril. Isso é bom, pois dá uma base estável à coluna. Mas se os isquiotibiais estiverem muito enrijecidos, a inclinação à frente pode causar distensão na lombar, levando a uma lesão grave. Mesmo que os isquiotibiais não sejam encurtados, eles podem impedir o desempenho na prática e colocar a coluna em risco em posturas de Yoga que requerem movimentos amplos. Isso serve para a maioria das flexões com as pernas estendidas e também para posturas desafiadoras como o hanumanasana (postura do deus macaco).

É melhor pensar em liberar os isquiotibiais alongando-os em vez de esticando-os. “Esticar” é um termo que fica melhor para objetos inanimados. Geralmente forçamos os isquiotibiais a tomar um novo formato, como se quiséssemos alargar um novo par de sapatos. Porém, o fator principal que mantém os isquiotibiais encurtados é o reflexo de alongamento, um dispositivo do sistema nervoso que mantém os músculos em um comprimento predeterminado e faz com que eles se contraiam quando são exigidos além da conta.

O segredo para alongar os isquiotibiais é aprender a trabalhar esse reflexo de forma que ele não impeça as inclinações à frente antes do tempo. Os isquiotibiais sentem quanto e como estão sendo puxados, e em excesso, eles resistem e não cedem. Mas, como uma mula empacada, eles podem ser convencidos de que é seguro e até prazeroso deixar que se soltem.

ALONGAR E ESTICAR Existem duas técnicas para ajudar a liberar os isquiotibiais. Na primeira, relaxamos os músculos de forma consciente. Na segunda, desenvolvemos força nos isquiotibiais contraindo-os conscientemente enquanto os esticamos ao mesmo tempo. Ambas as técnicas nos ensinam a estar focados, presentes e gratos em cada momento da prática. Isso significa que aqui estamos tratando de Yoga e não de um simples alongamento. As duas técnicas podem ser experimentadas nos cinco asanas a seguir. Cada postura, variando da simples supta padangusthasana (postura deitada segurando o dedão do pé) até a desafiadora krounchasana (postura da garça), fornece um ângulo diferente para alongar os isquiotibiais.

SUPTA PADANGUSTHASANA
(postura deitada segurando o dedão do pé)
Deite-se de costas com as solas dos pés contra uma parede e as pernas estendidas. Pressione o joelho direito contra o chão e flexione o joelho esquerdo. Se os isquiotibiais forem muito flexíveis, segure o dedo maior do pé com o indicador e o dedo médio esquerdo; caso contrário, coloque um cinto ao redor do metatarso do pé esquerdo e segure-o com a mão esquerda. Coloque a mão direita sobre a coxa esquerda com a palma virada para baixo. Afaste os dedos dos pés e puxe-os em sua direção enquanto empurra o metatarso dos pés na direção oposta. Isso irá manter o alinhamento durante toda a postura. Use essa ação para todas as posturas seguintes.

Mantenha o quadril alinhado e com as laterais deste na mesma distância da parede. Gire os ísquios em direção ao solo para acentuar levemente o arco lombar.

O próximo passo é estender o joelho de modo que não cause muito alongamento nos isquiotibiais. Tente manter essa posição e aos poucos estenda totalmente o joelho esquerdo. Não se esqueça de manter um pequeno espaço entre a lombar e o chão.

Agora tente alongar o isquiotibial esquerdo. Expire, leve a perna em direção ao tronco até sentir um alongamento agradável e suave na parte de trás da coxa. Pare nessa posição. É tentador querer puxar mais a perna, mas não avance, não flexione o joelho nem se esqueça do espaço entre a lombar e o chão. Tenha paciência e foque na sensação nos isquiotibiais. Sinta essa tranquilidade até que a sensação de alongamento desapareça (pode levar 30 segundos ou mais). Quando isso acontecer,puxe um pouco mais a perna de forma consciente até sentir novamente uma sensação agradável de alongamento.

Cuide para não exagerar ou os isquiotibiais se recusarão a ceder. Repita esses movimentos até alcançar um ponto de chegada final (pode levar alguns minutos). Permaneça na posição final por cerca de 30 segundos, desça a perna e repita para o outro lado.

PARSVOTTANASANA
(postura do alongamento lateral intenso)
Para entrar nessa variação do parsvottanasana, fique em pé de frente a uma parede, com os dedos a cerca de 30 cm de distância desta. Coloque as palmas na parede na altura dos ombros e leve o pé esquerdo para trás, a cerca de 1,20 m, aberto em 30º. Alinhe o arco do pé esquerdo com o calcanhar direito.

Deixe a pelve alinhada à frente, mova-a horizontalmente para trás e incline-se à frente a partir do quadril, bloco. As mãos devem ficar agora mais altas que os ombros.

Alinhe o quadril e use o auxílio de um espelho para tanto. Ao mesmo tempo, gire as coxas para manter as patelas na mesma direção que os pés.

Agora alongue os isquiotibiais, usando o método “contrair enquanto alonga”. Estenda bem os joelhos e gire a pelve elevando os ísquios e mantendo o topo da pelve para a frente e para baixo. Se isso não causar alongamento algum, afaste um pouco os pés da parede, mantendo as mãos o mais alto possível.

Pressione a sola do pé direito para baixo. Contraia a parte posterior da coxa direita o máximo que puder. Segure essa contração por 10 segundos e depois solte completamente, permitindo que os isquiotibiais se alonguem. Relaxe por 10 segundos.

Repita o ciclo de contração-relaxamento por mais três vezes. Repita para o outro lado.

PADANGUSTHASANA
(postura do dedão do pé)

Fique em pé com os pés paralelos e afastados em cerca de 15 cm de distância. Contraia os quadríceps e eleve as patelas. Expire e incline-se à frente a partir do quadril. Segure os dedos maiores dos pés com os indicadores e os dedos médios, e pressione os dedos dos pés contra os dedos das mãos. Se não conseguir segurar os dedos dos pés, use um cinto.

Inspire, contraia ainda mais os quadríceps e eleve o tronco como se fosse ficar em pé novamente. Eleve o peito até que os braços fiquem estendidos. Expire, continue elevando o peito e, ao mesmo tempo, eleve os ísquios para criar uma depressão na lombar. Permita que os isquiotibiais se soltem e deixe que a parte do abdome que fica abaixo do umbigo seja sugada em direção à parte de trás da pelve. Eleve a caixa torácica o máximo que puder, mas não eleve muito a cabeça para não criar estiramento na parte de trás do pescoço.

Essa elevação do tronco contrai os isquiotibiais de forma semelhante à contração no parsvottanasana. Nas próximas cinco respirações, eleve o tronco intensamente em cada inspiração para aumentar a contração dos isquiotibiais. A cada expiração, eleve firmemente os ísquios, aumentando a sucção do abdome em direção à lombar, e relaxe os isquiotibiais.

Para concluir a postura, inspire, reforce a contração nos quadríceps e, ao expirar, flexione os cotovelos para as laterais, puxe os dedos dos pés, abra espaço na frente e nas laterais do tronco, e leve o tronco e a cabeça em direção ao chão.

Se tiver isquiotibiais muito alongados, pode levar a testa em direção às canelas, mas sem deixar criar arredondamento na coluna, pois isso não é seguro para a lombar e não serve de nada para alongar os isquiotibiais.

Sustente a postura final por um minuto. Solte os pés e volte à posição inicial.

JANU SIRSASANA
(postura da cabeça em direção ao joelho)

Sente-se com as pernas estendidas à frente. Se necessário, sente-se sobre um cobertor dobrado.

Mantenha a perna direita estendida e flexione o joelho esquerdo, trazendo o calcanhar esquerdo próximo ao ísquio esquerdo. Deixe a lateral esquerda do quadril ir um pouco para trás. Segure a coxa esquerda com as mãos e vire-a para fora o máximo que puder. Mantendo essa rotação, desça o joelho para a esquerda em direção ao solo.

Deixe o calcanhar esquerdo o mais próximo que puder da virilha. Mantenha a sola do pé mais virada para o teto, com os dedos apontando para a coxa direita.

Conserve a perna direita estendida com a patela apontando para cima. Coloque a mão direita atrás do corpo, no solo ou sobre o cobertor, e a mão esquerda no solo, à frente. Inspire, empurre as mãos contra o chão e tracione a coluna. Expire e, sem perder essa tração, pressione o ísquio esquerdo para baixo e para trás.

Use essa ação para ajudar a girar a lateral esquerda da caixa torácica para a frente e gire o peito em direção à perna estendida.

Coloque a palma da mão esquerda na parte medial da coxa, próximo ao quadril. Expire e use a mão para girar a coxa para fora o máximo que puder. Gire a lateral esquerda da pelve em direção ao pé direito. Leve a mão esquerda à frente e incline o tronco em direção ao pé direito. Segure a lateral do pé direito. Use um cinto, se necessário. Coloque a mão direita ao lado do joelho. Inspire, pressione a mão direita contra o chão e eleve o tronco como se fosse sentar. Expire, pressione o joelho direito contra o chão, gire a pelve para a frente e leve a lateral esquerda das costelas inferiores em direção ao pé direito.

Inspire e tracione a coluna novamente. Expire, flexione os cotovelos e desça o tronco em direção à perna direita.

Continue a descer a lateral esquerda das costelas até que elas fiquem niveladas com a lateral direita. Deixe o abdome afundar em direção ao sacro.

Se os isquiotibiais forem flexíveis, leve as mãos à frente do pé, segurando o punho direito com a mão esquerda. A cabeça deve seguir a linha da coluna. Mantenha a postura por um minuto ou mais e depois repita para o outro lado.

KROUNCHASANA
(postura da garça)

Se os joelhos e o quadril forem bastante flexíveis, é possível executar o krounchasana sentando diretamente no chão. Mas a maioria dos praticantes sente-se melhor quando usa um cobertor dobrado para dar apoio. Estenda as pernas à frente e flexione o pé no chão o mais próximo possível da lateral esquerda do quadril.

Pressione os ísquios para baixo e para trás para girar o topo da pelve para a frente. Eleve o peito. Mantendo essa elevação, entrelace os dedos atrás do joelho direito e flexione-o. A seguir, entrelace os dedos ao redor da sola do pé direito.

Inspire, eleve a pelve e a coluna. Expire, retire o pé do chão e comece a estender o joelho lentamente. Gire a coxa direita medialmente e pressione-a em direção ao chão.

Pratique o método “relaxe” como em supta padangusthasana. Mantenha o joelho direito estendido, ficando na posição até que a sensação do alongamento diminua. Expire e puxe um pouco o pé de forma a poder criar novamente um suave alongamento. Repita algumas vezes. O segredo é puxar a perna somente quando sentir o isquiotibial relaxar.

Quando atingir o ponto final da postura, permaneça por um minuto. Repita para o outro lado.

Ao final da flexão, relaxe a coluna com uma torção leve como bharadvajasana I (torção do sábio Bharadvaja I) e com uma postura de extensão suave como o supta virasana (postura deitada do herói) com o auxílio de um bolster. Termine com o savasana (postura do cadáver).

Os isquiotibiais podem ser um grupo de músculos teimosos, mas não foque muito em alongá-los de forma a negligenciar o resto da prática. Para manter o quadril e os joelhos saudáveis, devem-se desenvolver músculos fortes e alongados nas coxas. Para tanto, complemente as flexões com extensões, posturas com joelhos flexionados e flexões laterais com as pernas afastadas.

Finalmente lembre-se de que as flexões não significam chegar a algum lugar. Elas representam estar presentes e confortáveis onde estamos. O paradoxo é que quando estamos presentes e confortáveis, os isquiotibiais relaxam e nos permitem ir mais fundo na flexão. Seguindo essa estratégia, a prática que conhecíamos como “alongar os isquiotibiais” se transforma e começa a nos ensinar algumas das mais profundas lições do Yoga. Seja paciente. Esteja presente. Mova-se no momento certo. E leve contentamento por onde vá.

Roger Cole, Ph.D., @ rogercoleyoga.com, é professor de Iyengar e cientista-pesquisador sobre o sono em Del Mar, Califórnia. Para mais informações, visite a página: rogercoleyoga.com.

nosso consultor diz: É importante salientar que os isquiotibiais tendem ao encurtamento por serem músculos tônicos, mantidos em contração estática enquanto estamos em pé e pouco exigidos no dia a dia porque normalmente assumimos posturas sentadas, em que eles ficam em posição encurtada (tal como nas cadeiras e sofás). Logo, é importantíssimo alongá-los e o autor nos oferece boas opções para tanto, havendo outras não mencionadas, tais como o paschimottanasana e o hanumanasana. Os métodos sugeridos são eficazes para melhorar a flexibilidade, porém me parece que o método do relaxamento está mais de acordo com a perspectiva tradicional do Yoga, levando-nos a uma progressiva descontração e acomodação na postura, com ganho gradual de amplitude aliado a riscos mínimos. O método aqui intitulado “contrair enquanto alonga” utiliza o princípio mais recente da facilitação neuromuscular proprioceptiva, que implica maiores riscos de lesão e é comumente utilizado no treino de atletas que precisam de muita flexibilidade. Cabe-nos avaliar se em nossa atividade de Yoga vale a pena sacrificar uma prática saudável e segura ao priorizar o ganho de flexibilidade a qualquer custo. 

Publicado originalmente na revista digital eyoga


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quinta-feira, 3 de junho de 2010

Coerência e Conselhos - Yoga São Caetano do Sul


"Nada é tão perigoso quanto o bom conselho acompanhado de um mal exemplo"


Mme. Desablé


Busque uma coerência maior entre suas palavras e suas ações. Estude Karma Yoga
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Entusiasmo e Yoga - Yoga São Caetano do Sul


"Nada é tão contagioso quanto o entusiasmo"
Edward G. Bulwer Lytton

Venha praticar Yoga com a gente e descubra  todo seu entusiasmo pela vida!
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Asas do Yoga - Yoga São Caetano do Sul


"A ave canta mesmo quando o galho começa a estalar, porque sabe o que são asas"


Santos Chocano
Descubra suas próprias asas, pratique Yoga
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