domingo, 18 de abril de 2010

Yoga em São Caetano do Sul - Agende uma aula experimental pelo 4226-2193 - Upanishads

As Upanishads

a) No período das Upanishads (c. 1900 a.C.) começa a se perfilar a sistematização do Yoga. Upanishad significa sentar aos pés do mestre [para ouvir seus ensinamentos]. Porém, segundo Monier-Williams, o termo significa igualmente derrotar a ignorância através da revelação do conhecimento do Supremo Espírito, e define uma doutrina secreta que revela o mistério que jaz sob a aparência das coisas.

b) As Upanishads desenvolvem o aspecto hermético dos Vedas e constituem o embasamento teórico das escolas filosóficas Sámkhya e Vedánta.

c) São uma coleção de estudos filosófico-religiosos de extensão variável, alguns dos quais falam sobre o Yoga, compostos pelos rishis, pensadores-poetas e filósofos, ao redor de 1900 a.C., mas que só foram fixados por escrito entre os séculos II a.C. e II d.C. As primeiras Upanishads formam parte do Shruti, a literatura revelada do hinduísmo. Novos textos são acrescentados tardiamente, aumentando os treze originais até cento e doze no século xv. As Upanishads mais recentes repetem as idéias das mais antigas. As mais extensas e antigas são Isá, Kena, Brihad Áranyaka, Chandogya, Svetáshvatara, Maitrí, Yogatattwa e Katha, sendo que as quatro últimas tratam do Yoga.

Comparação:

Eliminando as barreiras do ritualismo mecânico, os yogis upanishádicos mergulham dentro deles mesmos sem outras ferramentas que a concentração e a meditação. O que marca a diferença essencial entre o Yoga mágico dos Vedas e o Yoga das Upanishads é justamente o caráter prático que este assume desde então. A partir das Upanishads, o termo Yoga passa a ter a conotação técnica que o caracterizará no futuro. Essa acepção técnica encontra-se pela primeira vez na Taittriya, II:4 (Yoga átmá) e na Katha Upanishad, II:12 (adhyátmá Yoga), VI,II (o texto mais próximo do sentido clássico). Além disso, uma passagem da Chandogya Upanishad, VIII:15 (“concentrando em si próprio todos os sentidos”), permite inferir a prática de pratyáhára; da mesma forma, achamos com freqüência alusões ao pránáyáma na Brihadáranyaka Upanishad (por exemplo, I:5,23).

O Grande Resumo


Eis um exemplo da sutileza do estilo em que estes textos (que combina doses equilibradas de sabedoria, lirismo e transmissão de conhecimento) foram compostos: “Há algo para além da consciência e que habita em silêncio nela. É o supremo mistério que ultrapassa o pensamento. Apoiai a vossa consciência e o vosso corpo sutil nesse algo e não o apoieis em nenhuma outra coisa”.

As parábolas do Yoga



As Upanishads constituem interessantes testemunhos de sábios que preferiram manter-se à margem do brahmanismo ortodoxo e da própria existência profana para se dedicarem à na vida contemplativa. Toda uma galeria de personagens adquire vida nestas páginas. No meio da jornada pela conquista da reintegração e da imortalidade surge quase inadvertidamente o cotidiando de seus protagonistas. O jovem Nachiketas, comovido pela modéstia das oferendas de seu pai, decide oferecer a sua própria vida. Seu pai destina-o a Yama, o deus da morte. “E Nachiketas aprendeu a suprema sabedoria ensinada pelo deus da vida do além, e aprendeu todos os ensinamentos da união interior, o Yoga. Então alcançou Brahman, o Eu Superior, e tornou-se imortal e puro.”

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